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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Velhos gastos pálidos envelhecidos de tempos alguém nós chama, respondo acenando pra minha aurora usando a ternuras, pareces do seu ofício fatigado e o sono hora incerta, a mais incerta da barca ainda demora-se, quando azuis irrompem dos teus olhos e procuram-nos minha navegação seguia velas, mapas, sinos, sinais, o tempo não marcaria as horas, nem descreveriam nada, e o que eu falo-te são palavras desamparadas e desertas pelo silêncio fascinadas, mesmo amando-te tenho os meus momentos de desesperos, de cansaço de tristeza, mesmo que veja-te no meu dia amanhecido. Cravo e sangue, arranha o vento, trás a dor vestida e sã, o livro aberto nada diz, do hoje, dos ontem e nem dos nossos amanhas, não cura, não machuca apenas maltrata a longa espera...

Poema sem nome



Entre nós minha loucura resplandece

sozinha dentro de mim

ensimesmada de escuros 
tão pequena e descuidada
queria ser bela flor beijando as flores
sou é desnorteada e no escuro
do outro lado da parede
cimento cru. grafite. paredes nuas
sobre os lençóis. réstias perdidas
resto de pétalas esquecidas pelo chão
acordo sem nunca ter dormido
incauta és oh! noite noite
o dia passou despercebido
sem cor pálida com a face das geleiras
podíamos ser completamente transparentes
sem sequer saber o que via
ou ouvia com meus ouvidos surdos
a vida caminhar cega

Nina Pilar




Teu nome eu chamo


sem perceber meu nome ele chama

e vejo-me florejando em teus cabelos
sem muitos sonhos ou encontros
pelos pelos
peles úmidas cobrindo-se como gotas serenadas
torturadas, caídas das fontes frias
eu tateio pelo mundo
e escondo-te na palma da minha mão
como cravo aroma doce brotas na manha
comigo as minhas vontades
quase ao raiar novamente o dia 
em tuas mãos muitos aromas
não reclame amor por assim quer-te
vejo-te
tenho-te
ganho-te




Nina Pilar

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