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segunda-feira, 8 de novembro de 2010





Quantas vezes as despedidas doem, mas o encontro seguinte é maior que a dor de ir porque estamos chegando é o preenchimento do que faltava, o sorriso que a muito dormia dentro de nós, a alegria que surgia tímida e não manifestava-se, não tomava conta do  rosto, não invadia a circulação, tirava o ar, e, desmaiávamos de tanta emoção, quantos passos temos ainda que caminhar, quantas estradas descobriremos nesta caminhada que começa hoje, deixei todos os ontens...

Despedida

entre tu e eu ergueram-se trezentos dias,

trezentas noites tão escuras
trezentos mares tão revoltos
trezentas paredes ainda brutas
os pomares dos vales são mágicos
seus campos de flores urgidas
dos ontens
não lhes sobrará nem lembranças apáticas
mortas e frias das tardes
trarei apenas a claridade
e o cheiro dos campos de flores
as nossas noites
ah! as noites e dias dos nossos verões tão perto valem à pena
onde encontrarei infinitos campos
de flores e frutas silvestres floreandos nas primaveras
gerando frutos pro verão
será que vez o que vejo
granizos espalhados em capelas com anjos brancos flechando a vida
hoje ainda tenho tua ausência
que depois dos valerá mais que mil invernos
primaveras
verões e outono não mais a espera de ti
a espera de nós

Nina Pilar
08/11

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