No fundo todos nós andamos em busca de respostas, perguntamos sempre e às vezes nem ouvimos as respostas, as perguntas apenas justifica a nossa insensata vida tão sensata, todas  as respostas estão dentro de nós.

Nós que às vezes não sabemos como senti-las, vê-las, ouvi-la.

De que valeriam teus infortúnios em telas desmanchando-se inteiras em telhas, centelhas, tudo que fosse não além, seria aquém, obtido através da atração, amor lascívia, pecado em véus, sentinelas, incenso, orquídeas e nas manhãs cinza complexas irradiam-se nos  seus horizontes como um pergaminho, pairam entre nós tantos silêncios e no rosto uma estranha LUZ reflete-se entre caracóis saídos em viés, carretéis espalhando-se entre pedras e no fundo dos olhos um sorriso meio atravessado, de soslaio, profano, a mulher tem uma superioridade especifica uma mente profunda e em seu útero detém os segredos da vida, poder e gloria...

 

Tentações

As fronteiras (des)orbitais sibilam dos horizontes ancestrais
estrelas entre (ga)láxias em vitrais acordam
agonizam errantes nas fronteiras de nós
nau
com febre em delírios no calor dos corpos
displicentes sirenes explodem-se ensurdecendo os ecos
vindos dos horizontes aflitos de nos incandescentesevacuaram os boulevard
foram não rompidas
massacradas
banidas
no entanto ela não estava satisfeita
no tempo de restrição
proibições
medos
castigo
contra nada que não fosse sacro
templos, santos templários agonizantes
contemplais o sagrado fruto de todos os pecados
protegidos por seus credos
as nuvens em reboliço
arrepios medonhos
irreal
seus infortúnios em telas desmanchando-se inteiras telhas centelhas
tudo seria aquém do que fora prometido
segredo das contas
como uma manjedoura
misteriosos segredos corrompidos em teares artesanais
e semelhança com os sagrados e divinos que carregam nos ventres
qual profundo sentimento
é melhor manter essa profundidade 
como um segredo 
mantê-las longe das tentações
no humor bordados de engenhosos sorrisos
desacatos
caráter possuídos de devaneios
inteligentes sacadas nesta mancha cinza
devem ser mantida presa dentro da sua integra perfeito 
e para os seus fins
crescer e multiplicar-se
não nos separem nem em palavras
nem os demônios 
e nem os santos que sei estão a olhar-nos
a benevolência dos deuses não se aplica as virtudes
pois, podem ser traiçoeiras
perversas
como a própria natureza

Céu

19/08/2010